29 de julho de 2011

Cidade Proibida e golpe para turistas

Entrada para a Cidade Proibida.




A Cidade Proibida é uma das paradas obrigatórias de quem vai a Pequim. Bem no centro da cidade, de frente para a Tiananmen Square (a maior praça urbana do mundo, seguida posteriormente pela de Esfahan no Irã), possui um dos ¨cartões postais¨ mais famosos da China: a grande foto de Mao Tse Tung na entrada dos portões. No entanto, Mao não tem nada a ver com as belas construções da Cidade Proibida: todo o complexo foi construído nas dinastias Ming e Qing e foi de uso exclusivo destes imperadores por 500 anos. Pessoas comuns e não autorizadas que ousassem entrar na cidade eram executadas sumariamente.


Multidões de turistas chineses lotam diariamente o local.

Inúmeros corredores ligam pátios e residências da Cidade Proibida.
Estas grandes "baldes" de metal eram mantidos com água por toda a cidade proibida para o caso de incêndio.
Na base há lugar para fazer uma pequena fogueira para a água não congelar durante o inverno.


Hoje ninguém mais morre por entrar na Cidade Proibida, desde que pague a razoável quantia de 60 yuáns (aproximadamente 10 dólares) e você pode ficar um dia inteiro percorrendo os diversos pátios, casas, palácios e jardins.  Há restaurante e café para vender dentro do complexo, bem como inúmeras lojinhas de suvenirs bem ao estilo capitalista de ser.


Audio-guide em português com mapa.
Alugamos o ¨audio guide¨ por 40 yuáns e pasmem: tinha em dezenas de línguas, inclusive o português. O sistema vem com tecnologia wireless, sendo que quando você se aproxima de um item importante da cidade proibida, o aparelho automaticamente começa a falar. Muito bem feito.


Um belo filme produzido no local em 1987 é o famoso: ¨O Ultimo Emperador¨, filmado na cidade quase 10 anos após a morte de Mao Tse Tung e marcando definitivamente a abertura da China para o ocidente.

Todo o lugar nos lembrou muito a Disney: gente por todos os lados, guias com suas bandeirinhas sinalizadoras e muitas lojinhas. No entanto, poucos são os turistas ocidentais, assim como era na Índia.

Conseguimos ficar até a hora de fechar e fomos uns dos últimos a sair da cidade proibida. Vale a pena ficar até o final (se você não tiver medo dos guardinhas uniformizados “enxotando” os turistas) para ver e sentir o lugar sem a barulheira e confusão dos milhares de turistas.


"Oba! Estou sozinha na Cidade Proibida!"


O GOLPE DOS JOVENS CHINESES:

Passeando nos arredores de Tiananmen Square, quatro jovens se aproximaram amigavelmente (2 rapazes e 2 moças). Perguntaram de onde eu era e o papo começou a rolar. Eu, que adoro fazer amizades com os locais, fui me animando para trocar informações culturais. Uma das meninas logo manifestou forte interesse de saber mais sobre o Brasil e na sequência a outra rapariga propôs que sentássemos em algum local para tomar uma cerveja ou um chá para conversarmos.
Eu que não tinha lido as advertências do Lonely Planet ia cair nessa fácil, não fosse o Rafael que em português me advertiu que era um golpe. No que ele mencionou na conversa comigo as palavras "Lonely Planet", os rapazes sumiram no ato. As meninas ainda insistiram, mas aí desconversei e prossegui me despistando delas.
No mesmo dia a noite, um colega de trabalho do Rafa que mora na China nos avisou por telefone do golpe e para que nunca aceitássemos qualquer oferta para tomar qualquer coisa.
O golpe acontece quando vem a conta da "simpática" sugestão de sair para tomar algo: uma enorme "facada" de várias centenas de dólares por um simples chá ou uma cerveja. Os jovens chineses começam a chorar e a explicar que não possuem tamanha quantia, sobrando então a incumbência pelo pagamento ao turista desavisado.



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