9 de novembro de 2010

Maranhão

Por favor não fiquem em casa em um feriadão! Saiam do sofá! Desliguem a TV. Simplesmente faça algo diferente. Vá a um bairro diferente. A um restaurante diferente. Incrivelmente você verá o tempo se expandir!

Eu fui um pouquinho mais longe... Peguei o último feriadão de finados e fui com alguns amigos do Rafael para o Maranhão. Saí aqui do Sul do Brasil, peguei inúmeras conexões que duraram quase o tempo de viagem para a Europa, mas valeu a pena!



No centro histórico de São Luis com a turma que foi na viagem. Da esquerda para a direita: Juliana, Rafael, Benedito, Mariana, Bianca, Leonardo, Tatiana, Carol (eu). Abaixo: Márcio e Lucas.


Centro Histórico: antiga casa para venda de escravos (detalhe para as "janelas").


Uma das únicas lagoas com água nesta época do ano (novembro).


Lençóis no pôr do sol.


Em 4 dias você pode aproveitar MUITO do Maranhão.

Fiquei encantada com o centro histórico de São Luís! Tão grande e ainda preservado. Bom, preservado mesmo não dá para dizer que estavam todas as casas, mas pelo tamanho do centro histórico é realmente impressionante o estado de conservação. Foi possível ver algumas construções em processo de restauração. Que bom! Afinal, o centro histórico, com suas centenas de casas em arquitetura portuguesa (muitas revestidas com azulejos), foi incluído na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO. Eu nunca tinha visto um centro histórico tão grande. Ganha de longe de Salvador (BA).

De São Luís pode-se ir até Barreirinhas, cidade base para acesso aos Lençóis Maranhenses. São cerca de 3 horas e meia até o pequeno vilarejo. Aqui os ecologistas fazem a festa: tem mangue, caatinga, rios, mar, praia e é claro: os famosos lençóis maranhenses! Nesta região a natureza ainda está praticamente intacta.

No farol de Mandacaru
Fizemos vários passeios:

Bóia-cross no rio Formiga: relaxando sobre uma bóia de pneu, em um rio de águas limpinhas que corta uma linda floresta densa de caatinga e muitas palmeiras de buritis. A correnteza é relativamente forte, mas sem pedras ou quedas. Delícia! Parecia um parque aquático, só que com tudo natural.

Passeio de lancha pelo rio Preguiça: visitando as comunidades de Mandacaru (onde tem um farol bacana para ver uma bela vista do topo), Atins e Caburé. No passeio pelo rio pode-se apreciar os manguezais nas margens, dunas que "acabam" no rio e muitas aves. Além disso, há muitos restaurantes rústicos nas margens.

Caminhada pelos lençóis e banho nas lagoas: para chegar até os lençóis é preciso pegar um carro com tração nas 4 rodas e preparar o corpo para o sacolejar de mais de 1 hora. Além disso, como a floresta cresce gradativamente para dentro da estrada, em alguns pontos era preciso se esquivar para não levar um galho no rosto ou no braço. Como dizia o Leonardo: "é melhor que a Disney".

O trajeto percorre "estradas" de areia por regiões remotas onde, inacreditavelmente, é possível constatar que muitas famílias continuam vivendo no meio da vegetação e das dunas, muitas delas ainda sem acesso à luz elétrica. Contou-nos o guia que em outro pequeno povoado a luz chegou faltando apenas 1 mês para as eleições. Não foi surpresa a unanimidade nas urnas naquela região...

Antes de iniciar a caminhada pelas dunas, fizemos a "encomenda" do almoço no restaurante da Luzia: uma pequena casa no meio do nada que serve um delicioso almoço com camarão grelhado (acompanha arroz, feijão, farofa e salada de tomate). No retorno, depois de subir e descer MUITAS dunas, a comida parecia simplesmente a coisa mais deliciosa que se poderia desejar. 


Muita energia nas dunas! Felicidade na paisagem azul e branca.

 Passeio de avião mono-motor: 25 minutos apreciando a imensidão branca, verde, e azul! O preço não é dos mais baratos (R$ 180 por pessoa), mas vale muito a pena. Destaque para o trajeto que o piloto faz rasante pertinho do mar.


No sobrevoo.
Os 4 que encararam o voo: Lucas, Rafael, eu e Márcio.

Dicas

Não deixe de levar:
  • óculos de sol
  • chapéu
  • chinelo (impossível usar tênis nas dunas fofas)
  • protetor solar
  • Camiseta dry-fit (preferencialmente de manga comprida)

Melhor época:

Logo após o período de chuvas que ocorre de janeiro a junho. Mas eu fui em novembro, e foi maravilhoso, apesar das lagoas estarem quase todas secas.


Algumas outras FOTOS da viagem:


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