1 de outubro de 2009

Pague 1, leve 5.

Desde agosto, tenho mantido uma boa rotina na ponte aérea, especialmente no trajeto Florianópolis X Brasília X Florianópolis, já que o Rafael (meu marido) está iniciando sua carreira na capital do nosso país. Enquanto as coisas se ajustam para o casal, estou conhecendo detalhadamente nossas maiores companhias aéreas TAM e GOL e suas grandes falhas.
Porém neste último domingo, dia 27, a experiência foi das mais intensas:

Nunca passei e nunca ouvi falar de situação de terror similar que passei no avião. O dia também ajudou: ocorria mais uma das famosas tempestades no sul do país com chuva de pedras e neblina e que se abateu por Floripa. Resumo da história:

- estava num vôo GOL Guarulhos - Florianópolis que chegaria pouco antes da meia noite.
- na hora do pouso, MUITA turbulência e 3 tentativas de pouso fracassadas. Todas as vezes aquele horror quando o avião arremete, com a chuva, vento e neblina.
- o piloto decide voltar a SP.
- Em SP, não nos liberam para descer. Resolvem abastecer para voltar a Florianópolis NOVAMENTE! A notícia dada era que o tempo tinha melhorado em Florianópolis.
- Trocam o piloto para ver se o "novo" consegue pousar.
- Novas tentativas de fracasso em Florianópolis (2 vezes), deixando todos transtornados, pois o clima estava AINDA PIOR! Não havia visibilidade alguma.
- o novo piloto decide voltar a SP NOVAMENTE!
- Ou seja, fiz o trajeto GRU-FLN 4 vezes nesta madrugada quase em pânico.

Ficaram "brincando" com os passageiros nestas tentativas. Tinha gente chorando, rezando, enjoando, etc. Acho que não queriam cancelar o vôo devido aos custos e nos colocaram numa situação apavorante. Eu olhava pro avião no escuro daquela noite e achava que eu estava em um filme de terror. Chegando em GRU para finalmente descermos (ninguem tinha condições psicológicas para novas tentativas), aquela confusão básica no guiche da GOL, com centenas de pessoas querendo uma conexão ou um hotel e apenas 1 atendente!!! A mocinha estava ouvindo todos os tipos de "elogios". Soube depois que deram prioridades de encaixes a idosos e famílias com crianças de colo para os vôos da manhã (míseras 7 vagas). Eu fui no vôo das 17:10. Eu nem sei o que deu no aeroporto da confusão que se instalou por lá, pois deram hotel apenas para quem estava em conexão (meu caso, já que estava voltando de Brasília) e o "povo" queria nos impedir de aceitar o que estavam oferecendo. Mas eu não estava em condições de batalha e só queria sair dali. Cheguei no hotel apenas às 6:30 da manhã, exausta psicologicamente e enjoada de tanto balanço. Dormi durante o dia aguardando o horário para a última tentativa do dia para ir a Floripa.

No final das contas 1 trecho de 53 minutos durou horas e horas. Fiz o trajeto 5 vezes.

E depois não entendem por que eu não gosto de voar...

Um comentário:

  1. Nossa Carol, só li agora esse post e fiquei mega horrorizada... Adoro voar, já é parte da viagem, mas essa experiência põe à prova qualquer ser humano (incluindo o piloto haha).
    Anyway... Estou adorando ler as aventuras e "sedenta" pelas novidades que virão. E o convite para mais artigos para o Chic sem compromisso está de pé sempre! Bjs e boa sorte no Irã!!

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