Mostrando postagens com marcador Argentina. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Argentina. Mostrar todas as postagens

21 de janeiro de 2009

Mendoza

36 graus e nada de vento. Isso justifica o horário de funcionamento do comércio: das 9 às 13 horas e depois só reabre as 17 para fechar às 21 horas. Neste período entre turnos é realmente muito quente no verão.

Eu tinha pouca expectativa com a cidade, mas logo de cara quase “tropecei” em algo peculiar e bastante engenhoso: os canais de irrigação que circulam por toda a cidade. São canais abertos, como “valas” simpáticas de água limpa vinda das geleiras, dos 2 lados de cada rua. Isso garante água para toda a cidade ser um oásis verde no meio do deserto árido desta região. O resultado fabuloso é que toda a cidade é bastante arborizada, com árvores altas que garantem sombra fresca nas calçadas. As ruas são largas e os prédios baixos, fazendo o centro desta cidade de quase 1 milhão de habitantes parecer um bairro pacato.

Há também um parque público enorme, praticamente do tamanho do centro inteiro de Mendoza, com pistas de caminhada, lago, restaurante, clube, etc. Este parque fica particularmente lotado depois das 21 horas quando o pessoal saido trabalho e a temperatura já está mais amena.

Este clima seco, quente e com baixíssima poluição faz do sol um agente mais traiçoeiro que as cidades do Brasil. Por ser uma cidade base para mochileiros que gostam de fazer trilha, o que mais vi foi gringo desavisado VERMELHO do sol. Mas veja bem, estou falando de vermelho rubro. O rosto parecia o diabo. Coisa de assustar!

A cidade ainda vive depois das 21 horas. Pela Plaza Independência (praça principal) e calçadão vários artesões expõe seus trabalhos até a meia noite. Os bares e restaurantes colocam parte de suas mesas nas calçadas embaixo das árvores que a esta hora proporcionam um ar fresco a ser aproveitado.

Além de tudo isso, Mendoza é o centro do vinho. São dezenas do “Bodegas”, ou seja, vinícolas na região. No menu de vinhos, ao invés dos vinhos serem separados pelo tipo de uva, são separados pelo nome da vinícola. Também existem algumas fábricas de azeite de oliva e aprendi um pouco do processo de elaboração.




Portal na Plaza Independencia.
Canais de irrigação fora da cidade (muito mais largos que os das ruas do centro)


Degustação de vinho na Bodega "La Rural"

Parreiras de uvas


A famosa Parrilla Argentina (nada demais, apenas um churrasquinho básico)


Ruas arborizadas no Parque da cidade.
Degustação de azeite de oliva! Hummmm

Travessia dos Andes

Achei fantástica a travessia Chile - Argentina. Para quem gosta de montanhas tem que fazer!
O chato foi a aduana: 1 hora e 30 na fila. É uma papelada sem fim e um monte de carimbos. Nossa, eles adoram carimbos! No final eu nem sabia mais o que mostrar aos vários fiscais dos diversos pontos de fiscalização: eu chegava e entregava todo o bolo de documentos. Pelo menos me trataram muito bem. Também, eu chegava já sorrindo, dando boa tarde e me fazendo de feliz. Acho que ajudou. hehehe
Mas sobre a estrada: é muito legal. Um monte de montanhas, neve no topo, rios de água de degelo, vales. NATUREZA!


Nosso carrinho chileno alugado...




Ponte do Inca. Hoje em dia não se pode passar por cima. A casa era usada no passado para banhos termais e também está fechada.


Montanhas, montanhas e túneis.



11 de janeiro de 2009

Ushuaia - Terra do Fogo

Esta cidade, localizada no “fim do mundo” foi na verdade criada quando aqui se construiu uma prisão. Contam que os prisioneiros que conseguiam fugir, acabavam por voltar voluntariamente a prisão pela falta de possibilidade de chegarem em terras menos hostis e pela fome. Dizem também que o único prisioneiro que não retornou foi homenageado atribuindo seu nome à um rio da região, porém a explicação macabra é que seu corpo havia sido encontrado ao lado deste mesmo rio.

O fim da linha... O fim do mundo...
Vista de parte da cidade de Ushuaia

Isso explica um pouco da severidade do clima nesta região.
Outras curiosidades do amadorismo do ser humano é a tentativa de inserção de espécies não nativas na região. Como havia muitos índios na região e o homem branco já dominava o local, para ajudar os nativos a se alimentarem trouxeram alguns pares de coelhos para Ushuaia. Em pouco tempo os coelhos tornaram-se pragas pela rapidez na reprodução. Para tentar solucionar o problema, trouxeram raposas cinzas do Canadá que neste locais comiam coelhos. Porém estas avaliaram ser mais interessante comer as ovelhas dos pastos, pois são mais lentas, facilitando a caça. Problema criado a mais para os pastoreiros. Ocorre também que as raposas vermelhas, originais da região, estão ficando em menor proporção devido a competição de espaço.
Outro problema ambiental advindo de algum “cabeça de bagre” foi que trouxeram 25 castores para a região para fomentar o comércio com a venda da pele. Estes animais reproduziram-se tanto que estima-se existirem atualmente 250 mil castores em Ushuaia e arredores. O governo paga para as pessoas caçarem estes animais visto que o problema ambiental é gravíssimo: o número de corte de arvores por estes animais é enorme sem falar dos diques que constroem, criando lagos e secando rios na região.

Parque Nacional Terra do Fogo
Para fazer algo diferente na região contratei um passeio de canoa no parque nacional. Foi ótimo. A canoa era inflável, estilo “duck”, para 3 pessoas. Comigo foi o Fernando e seu pai e na outra canoa foi meu pai, Nanda e o guia. O trajeto era rio abaixo, pouca corredeira e uma paisagem maravilhosa, com picos nevados, remansos, flora belíssima, patos, aves. Perto do final do passeio, já em águas mais profundas e perto do mar (água salobra) um visitante chegou para nos saudar ao lado de minha canoa: um gorducho leão marinho! Fungou ao nosso lado, mostrou o rosto, depois virou a barriga para cima e sumiu nas águas gélidas e limpas. Isso é a coisa mais gratificante que pode existir: ver a natureza no seu habitat natural, nos saudando com toda a simpatia de um simpático leão marinho! :-)))

Eu, "seu" Varela e Fernando

Papai e eu na parada para descanso, tomar água e tirar água do bote (ou da bexiga para os mais apurados)

Passando por uma pequena ponte no caminho. Eu estou na frente do bote.

O guia, Nanda e meu pai no outro bote.

Euzinha no bote e ao fundoas montanhas nevadas.
Nosso bote descansando

Dicas para o parque nacional da Terra do Fogo:
  • Procure chegar antes das 8 da manhã, quando a entrada de 50 pesos por pessoa não é cobrada. Há uma tacha para carros também.

  • A distância da entrada até o parque propriamente dito é bastante grande (acredito que alguns quilômetros), então se estiver a pé prepare-se para caminhar ou peça carona.

  • Há 4 campings dentro do parque (organizados e livres) e a entrada é cobrada apenas uma vez caso o turista resolva sair para comprar mantimentos.

  • Apesar do nome “camping organizado” eu fiquei bastante decepcionada com a falta de limpeza dos banheiros. Caótico!

8 de janeiro de 2009

Pinguins - Me Encanta!


Esta cidade portuária não é necessariamente a atração turística principal, muito pelo contrário.

Não há muito que se fazer por aqui, além de contratar um passeio para as reservas ecológicas no entorno. Eu queria ir à maior colônia de pingüins fora do continente Antártico e é daqui que se chega lá. O local, de nome Punta Tombo, fica há cerca de 2 horas e meia de Puerto Madryn. O preço da excursão contratada do navio custaria em torno de 160 dólares (por pessoa) num grupo de 40 pessoas, mas em terra, saindo do porto, consegui uma operadora por 80 dólares, com guia falando “portunhol” muito bom e com um grupo menor com apenas 17 pessoas numa van exclusiva. Portanto fica aí a dica: se possível não contratem os passeios do navio. Naturalmente para quem não deseja correr riscos, fiquem com a segurança das pré-contratações.

Estima-se que em Punta Tombo existam cerca de 750 mil a 1 milhão de pingüins, entre casais, “solteiros” e filhotes. Os filhotes diferem-se pela penagem (mais alta e flufi, parecendo uma pelúcia) e as asas são mais compridas, chegando a encostar no chão. Também ficam “piando” pedindo comida aos pais de uma forma muito querida.






Nesta época que chegamos a maioria dos filhotes já estava com 1 mês de idade, mas já chegavam quase a altura dos adultos. Crescem muitíssimo rápido.

Pinguim adulto e filhotes

Eu achei o local adorável. Foi incrível ver tantos pingüins juntos, nas tocas, caminhando daquele jeito engraçado ou nadando. Para os amantes da natureza uma visão de encher os olhos. Totalmente único!

Curiosidades gerais sobre os pinquins:

  • São monogâmicos;

  • O macho faz o ninho;

  • Machos solteiros podem tentar “roubar” o ninho, para cativar a “pinguina” para o seu lado. Cabe a fêmea decidir se permanece com o antigo macho (eventualmente sem a moradia) ou se fica com o macho que se apropriou do ninho.

  • Normalmente os machos que fizeram o ninho vencem a luta pela morada. (UFA! Há uma justiça divina nesta briga)

  • Caso em uma temporada o casal perceba não ser fértil, então na próxima eles trocam de parceiros.

  • Pinguins Magalhanes são bem menores que os Imperadores (que são originais da Antartica). Podem colocar de 1 a 3 ovos, sendo o normal 2.

3 de janeiro de 2009

Buenos Aires

Alguém mencionou que era barato viajar na Argentina? Pelo menos em Buenos Aires comprovei que não é.
Coca-cola = 9 pesos
Suco de laranja = 18 pesos
Refeição normal (nada de muito sofisticado) = de 35 a 70 pesos
Com o real quase 1 pra 1 com o peso é de assustar.

Fora isso gostei muito da cidade. Avenidas largas, prédios no estilo Art Deco, tango e alfajor. Hehehe
Gostei também da região do CAMINITO, uma local perto do porto que foi revitalizado para apresentação de artistas e venda de artesanatos. Porém pensei que era uma região maior, pois falavam tanto deste local...
Fui ver um show de tango no teatro Piazzolla e fiquei muito impressionada. Primeiro que este teatro foi “descoberto” por volta dos anos 90, durante escavações para construção do metro. Foi construído no início do século 20, mas nunca utilizado e depois esquecido. Local bem interessante. Depois porque os passos de dança eram formidáveis e muito sensuais. Saudades da dança de salão...
No próximo retorno pretendo ir no Senor Tango, um outro show mais estilo Broadway, com cavalos e deslocamento de palcos, que me advertiram para ir numa próxima visto ser mais turístico e não tão original ao tango argentino. Dizem que é o preferido dos brasileiros.
Related Posts with Thumbnails