16 de fevereiro de 2013

Navegar é preciso, viver não é preciso



Esta postagem é dedicada ao meu pai, Jair, que ainda não navegou no Golfo Pérsico.



Há muitos estaleiros pelo Irã, de navios grandes e modernos aos mais antigos e tradicionais.
Em Qeshm, muitos estaleiros ficam ao ar livre e o visitante pode "entrar" no processo de fabricação.
Autorizados pelo vigia que ao lado morava, circulamos pelos esqueletos e barcos praticamente prontos.
A confusão de tábuas e máquinas espalhadas é grande, mas no meio desta bagunça surgem estes lindos barcos que são usados para transportar mercadorias (e contrabando) pelo Golfo Pérsico.

Disse-nos o local que para a construção de um único barco, são necessário 20 homens trabalhando por 1 ano, ao custo de 170 mil dólares, aproximadamente.

Com os transportes mais modernos através dos grandes navios, esta tradição já reduziu bastante sua importância, mas muitas famílias nas vilas ainda dependem tanto da profissão de artesão, quanto de navegador.

Omã é um dos países que certamente beneficia-se destes barqueiros, pois não exige visto a eles. Mercadorias diversas são trazidas dos países do golfo e dizem que também gasolina é contrabandeada para fora do Irã. Com um combustível tão barato no Irã, certamente um bom lucro devem tirar com as vendas.

Enormes barcos são construídos artesanalmente na ilha de Qeshm.

Do alto de um dos barcos a vista para os demais em construção. Em terra o vigia nos observava (de branco).

Para entrar no barco...

Eu, nosso guia, o motorista e o vigia em roupas tradicionais da ilha.


A hélice de um dos barcos.



Detalhe do casco do barco.

Parte superior do barco, junto a "sala do capitão".



Torre de vento (esquerda), reservatório de água, barco tradicional e mesquita sunita.

As crianças na ilha de Qeshm acompanham os pais desde cedo na vida de barqueiro.

Plataforma de petróleo de Omã que desprendeu-se de um navio e encalhou na ilha de Qeshm.



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